Classes de Palavras II
SUMÁRIO
ESTUDO DOS VERBOS
CLASSIFICAÇÃO
LOCUÇÕES VERBAIS
FLEXÃO DOS VERBOS
ASPECTO VERBAL
VOZES DO VERBO
RESUMO
QUESTÕES COMENTADAS
LISTA DE QUESTÕES PROPOSTAS
“O otimista é um tolo. O pessimista, um chato. Bom mesmo é ser um realista esperançoso.”
Ariano Suassuna
O que são verbos?
É a classe de palavras que se flexiona em pessoa, número, tempo, modo e voz. Pode indicar, entre outros processos: ação (correr), estado (ficar), fenômeno (chover), ocorrência (nascer) e desejo (querer).
O que caracteriza um verbo são suas flexões, não o que ele significa. Sabem por quê? Os verbos flexionam-se de maneira muito peculiar e diferente das demais classes de palavras. Observem que palavras como corrida, chuva e nascimento têm significado muito próximo ao dos verbos correr, chover e nascer, mas não apresentam, porém, todas as possibilidades de flexão que esses verbos possuem. Os nomes podem ser flexionados em gênero, número e grau, mas só os verbos sofrem flexões de modo e tempo!
INDO MAIS FUNDO!
Vejamos primeiro a classificação dos verbos:
CLASSIFICAÇÃO
1) Regulares: são aqueles verbos nos quais não há alteração fonética no radical ou nas desinências.
Exemplo:
No exemplo dado, o radical “am” permanece inalterado nas formas do verbo “amar”.
2) Irregulares: são aqueles verbos em que há alteração no radical e/ou nas desinências.
Exemplo:
Atenção!
Percebam que o radical é alterado na conjugação do verbo “fazer”, na primeira pessoa do presente do indicativo e na terceira pessoa do pretérito perfeito do indicativo.
Portanto, são elementos mórficos:
1) Raiz, radical, tema: elementos básicos e significativos.
O Radical é a parte do verbo que traz toda a sua raiz de significado!
O radicar + vogal temática = TEMA.
2) Afixo (prefixos, sufixos), desinência, vogal temática: elementos modificadores da significação dos verbos.
3) Vogal de ligação, consoante de ligação: elementos de ligações ou eufônicos.
3) Defectivos: são os verbos que não são conjugados em todas as pessoas, tempos ou modos. Os mais importantes são:
a) Abolir, colorir, banir, ruir, extorquir, feder: não possuem a 1ª pessoa do singular (eu) do presente do indicativo e não são conjugados no presente do subjuntivo; nos outros tempos são completos.
b) Reaver, precaver-se, falir, remir, adequar: no presente do indicativo, só são conjugados na 1ª e na 2ª pessoas do plural (nós e vós) e não são conjugados no presente do subjuntivo; nos outros tempos, são completos.
c) Doer, acontecer, ocorrer: são conjugados em todos os tempos, mas somente nas terceiras pessoas (ele e eles).
Vejamos a conjugação de alguns deles:
4) Abundantes: são verbos que possuem duas ou mais formas equivalentes, geralmente no particípio.
Ex.: acender: acendido / aceso
fritar: fritado / frito
aceitar: aceitado / aceito
expulsar: expulsado / expulso
morrer: morrido / morto
-
HAVER: nós havemos ou hemos
5) Anômalos: são aqueles verbos formados por mais de um radical. São tão irregulares que chegam a ser chamados assim, anômalos.
Destaque para os verbos SER e IR.
Vejam a conjugação no modo indicativo do verbo SER:
A seguir, os verbos irregulares que mais geram dúvidas:
Averiguar
Presente: averiguo, averiguas, averigua, averiguamos, averiguais, averiguam.
Pretérito perfeito: averiguei, averiguaste, averiguou, averiguamos, averiguastes, averiguaram.
Pretérito imperfeito: averiguava, averiguavas, averiguava, averiguávamos, averiguáveis, averiguavam.
Futuro do presente: averiguarei, averiguarás, averiguará, averiguaremos, averiguareis, averiguarão.
Passear
Presente: passeio, passeias, passeia, passeamos, passeais, passeiam.
Pretérito perfeito: passeei, passeaste, passeou, passeamos, passeastes, passearam.
Pretérito imperfeito: passeava, passeavas, passeava, passeávamos, passeáveis, passeavam.
Futuro do presente: passearei, passearás, passeará, passearemos, passeareis, passearão.
Haver
Presente: hei, hás, há, havemos, haveis, hão.
Pretérito perfeito: houve, houveste, houve, houvemos, houvestes, houveram.
Pretérito imperfeito: havia, havias, havia, havíamos, havíeis, haviam.
Futuro do presente: haverei, haverás, haverá, haveremos, havereis,
haverão.
Pôr
Presente: ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem.
Pretérito perfeito: pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram.
Pretérito imperfeito: punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham.
Futuro do presente: porei, porás, porá, poremos, poreis, porão.
Ir
Presente: vou, vais, vai, vamos, ides, vão.
Pretérito perfeito: fui, fostes, foi, fomos, fostes, foram.
Pretérito imperfeito: ia, ias, ia, íamos, íeis, iam.
Futuro do presente: irei, irás, irá, iremos, ireis, irão.
Medir
Presente: meço, medes, mede, medimos, medis, medem.
Pretérito perfeito: medi, mediste, mediu, medimos, medistes, mediram.
Pretérito imperfeito: media, medias, media, medimos, medíeis, mediam.
Futuro do presente: medirei, medirás, medirá, mediremos, medireis, medirão.
LOCUÇÕES VERBAIS
Em uma locução verbal, temos:
1) Um verbo AUXILIAR: é o primeiro verbo de uma locução verbal, aquele que se flexiona.
Ex.: Estava lendo.
Auxiliar: estar.
Verbo principal: ler.
2) Principal: é o segundo verbo de uma locução verbal, o que encerra o sentido básico do grupo. Está sempre em uma das formas nominais (gerúndio, particípio ou infinitivo).
Ex.: Quero sair.
Auxiliar: querer
Principal: sair
CONJUGAÇÕES
1ª conjugação: vogal temática “A” = andar, estar
2ª conjugação: vogal temática “E” = vender, fazer
3ª conjugação: vogal temática “I” = partir, sair
FORMAS NOMINAIS
São três as formas nominais que o verbo pode assumir:
Infinitivo = amar
Gerúndio = amando
Particípio = amado
FLEXÃO DOS VERBOS
Como já disse anteriormente, os verbos flexionam-se de maneiras diferentes. As desinências acopladas ao radical distinguem plural, singular, presente, passado, futuro, modo, voz... Vejamos cada flexão com bastante calma!
Como um verbo é flexionado?
1) Número: marca singular ou plural.
2) Pessoa: um verbo pode estar em três pessoas:
1ª pessoa – quem fala: eu (sing.), nós (pl.)
2ª pessoa – com quem se fala: tu (sing.), vós (pl.)
3ª pessoa – de quem se fala: ele (sing.), eles (pl.)
3) Modo: são três os modos verbais.
ATENÇÃO para o uso dos modos verbais!
a) Indicativo: é usado sempre que se deseja expressar um fato de maneira real, de ocorrência certa.
Ex.:
Caminho todas as manhãs.
Faremos todos os exercícios propostos.
Observem que “caminhar” é uma ação corriqueira e certa, não há hipóteses! Assim como ocorreu com o uso do verbo “fazer”. Há a expressão de um fato certo, ao contrário do modo subjuntivo, que veremos a seguir:
b) Subjuntivo: é o modo que apresenta o fato de maneira duvidosa, hipotética. Aqui, não há certeza, mas uma possibilidade.
Exemplos:
Ele quer que eu estude muito.
Não é certo que o sujeito vá estudar... a ação verbal irá acontecer se o sujeito quiser, se for da vontade dele.
Para que consigamos vencer, é preciso garra!
O verbo “conseguir” foi conjugado no modo subjuntivo com a intenção de marcar um fato hipotético! Uma possibilidade!
c) Imperativo: é o modo verbal que usamos para dar uma ordem, fazer um pedido, uma súplica. Usamos muito o imperativo, pois comumente temos a intenção de promover mudança na atitude do outro.
Vejam:
Saia agora e não olhes para trás.
Os verbos “sair” e “olhar” querem promover uma ação/mudança do receptor!
Quando dizemos: Vale-me, Deus!! Estamos fazendo uma súplica a Deus usando o verbo “valer” no imperativo!
INDO MAIS FUNDO
O IMPERATIVO no dia a dia!
O texto que acabamos de ver é uma receita. Exemplo típico de uso do imperativo no dia a dia. Por quê? Observem na parte modo de preparo as formas verbais: “bata”, “coloque”, “leve”. Todas estão conjugadas no imperativo, pois há clara intenção de que o leitor promova uma atividade sozinho a partir da leitura!
4) Tempo: são três. Vejamos:
a) Presente: expressa um fato ocorrido no momento da fala, corriqueiro, constante, futuro próximo, presente histórico.
Exemplos:
Espero por você. (momento da fala)
Caminho sempre. (ação corriqueira)
Deus é pai. (fato constante)
Amanhã viajo. (futuro próximo)
Em 1500, Cabral descobre o país. (presente histórico)
b) Pretérito:
Perfeito – refere-se a uma ação pontual no passado.
Ex.: Vendi meu carro.
Ação pontual de vender (uma vez, a ação não se prolonga).
Imperfeito – refere-se a uma ação duradoura no passado.
Ex.: Escrevia uma carta...
Passou um tempo escrevendo... ação que perdurou por um tempo maior no
passado.
Mais-que-perfeito – passado distante, remoto.
Ex.: Ele fizera tudo na vida.
c) Futuro:
Futuro do presente – futuro certo de ocorrer.
Ex.: Farei uma viagem.
Futuro do pretérito – futuro condicionado a algo do passado.
Ex.: Esperaria se pudesse.
Algo impedirá a ação de ocorrer no futuro.
ASPECTO VERBAL
Ainda sobre o estudo do valor e emprego dos tempos verbais, é possível perceber diferenças entre o pretérito perfeito e o pretérito imperfeito do indicativo bem importantes e que aparecem sempre em provas.
A diferença entre esses tempos é relativa ao aspecto, pois está ligada à duração do processo verbal. Observe:
- Quando o vi, cumprimentei-o.
O aspecto é perfeito, pois o processo está concluído.
- Quando o via cumprimentava-o.
O aspecto é imperfeito, pois o processo não tem limites claros, prolongando-se por período impreciso de tempo.
O presente do indicativo e o presente do subjuntivo apresentam aspecto imperfeito, pois não expressam duração específica ao processo verbal:
- Faço isso sempre.
- É provável que ele faça isso sempre.
Já o pretérito mais-que-perfeito apresenta aspecto perfeito em suas várias formas do indicativo e do subjuntivo, pois traduz processos já concluídos:
- Quando atingimos o topo da montanha, encontramos a bandeira que ele fincara (ou havia fincado) dois dias antes.
- Se tivéssemos chegado antes, teríamos conseguido fazer o exame.
Outra informação aspectual que a oposição entre o perfeito e imperfeito pode fornecer diz respeito à localização do processo no tempo. Os tempos perfeitos podem ser usados para exprimir processos localizados num ponto preciso do tempo:
- No momento em que o vi, acenei-lhe.
- Tinha-o cumprimentado logo que o vira.
Já os tempos imperfeitos podem indicar processos frequentes e repetidos:
- Sempre que saía, trancava todas as portas.
O aspecto permite a indicação de outros detalhes relacionados com a duração do processo verbal. Veja:
- Tenho encontrado problemas em meu trabalho.
Esse tempo, conhecido como pretérito perfeito composto do indicativo, indica um processo repetido ou frequente, que se prolonga até o presente.
- Estou almoçando.
A forma composta pelo auxiliar ‘estar’ seguido do gerúndio do verbo principal indica um processo que se prolonga. É largamente empregada na linguagem cotidiana, não só no presente, mas também em outros tempos (estava almoçando, estive almoçando, estarei almoçando, etc.).
- Tudo estará resolvido quando ele chegar.
- Tudo estaria resolvido quando ele chegasse.
As formas compostas: estará resolvido e estaria resolvido, conhecidas como futuro do presente e futuro do pretérito compostos do indicativo, exprimem processo concluído - é a ideia do aspecto perfeito - ao qual se acrescenta a noção de que os efeitos produzidos permanecem, uma vez realizada a ação.
- Os animais noturnos terminaram de se recolher mal começou a raiar o dia.
Nas duas locuções destacadas, mais duas noções ligadas ao aspecto verbal: a indicação do término e do início do processo verbal.
- Eles vinham chegando à proporção que nós íamos saindo.
As locuções formadas com os auxiliares vir e ir exprimem processos que se prolongam.
- Ele voltou a trabalhar depois de deixar de sonhar projetos irrealizáveis.
As locuções destacadas exprimem o início de um processo interrompido e a interrupção de outro, respectivamente.
TCM-GO/2015/ Auditor de controle externo/adaptada
No período: em qualquer época, ...... que se ...... ao grande público o melhor que os artistas ......, as formas “é preciso”, “ofereça” e “produzam” completam as lacunas respectivamente de maneira correta.
Comentário: observa-se que, pelo uso da expressão “em qualquer época”, o período pede verbos que estejam no presente com aspecto habitual. O “é preciso” está no presente do indicativo e marca que SEMPRE é preciso oferecer o melhor dos artistas. As formas “ofereça” e “produzam” estão no imperativo, o que também é aceitável, uma vez que se pretende uma mudança na atitude, ou melhor, promover uma ação por parte do sujeito “artistas”. O item está perfeitamente correto.
GABARITO: CORRETO
VOZES DO VERBO
A voz verbal caracteriza a ação expressa pelo verbo em relação ao sujeito, pode ser classificada em:
Voz ativa – o sujeito é o agente da ação verbal.
Os professores aplicaram as provas.
Sujeito: os professores
Agente da ação: os professores.
Voz passiva – o sujeito sofre a ação expressa pelo verbo.
As provas foram aplicadas pelos professores.
Sujeito PACIENTE: as provas.
Agente da passiva: professores.
TOME NOTA!
A voz passiva só pode ser formada a partir de um verbo transitivo direto (VTD e VTDI), tanto na forma analítica quanto na sintética!
Voz reflexiva – o sujeito, de forma simultânea, pratica e recebe a ação verbal.
O garoto feriu-se com o instrumento.
Sujeito ATIVO e PACIENTE ao mesmo tempo: o garoto.
Voz reflexiva recíproca – representa uma ação mútua entre os elementos expressos pelo sujeito.
Os formandos cumprimentaram-se respeitosamente.
Sujeito ATIVO e PACIENTE ao mesmo tempo: os formandos. A diferença para a voz reflexiva é que na recíproca um pratica a ação para com outro, não para ele próprio.
ATENÇÃO! Passando da voz ativa e para a voz passiva:
FIQUE ATENTO!
Voz ativa: eles devem estar colhendo o milho.
Voz passiva: o milho deve estar sendo colhido por eles.
TCM-GO/2015/Auditor de Controle Externo
Transpondo-se para a voz passiva a frase Eles alardeavam o insuportável som instalado nos carros, obtém-se a forma verbal era alardeado.
Comentário: na voz passiva, a oração ficaria: o insuportável som instalado nos carros era alardeado por eles. O verbo “ser” deve concordar no singular com o núcleo do sujeito paciente “som” e permanecer no pretérito imperfeito, como na oração em voz ativa.
GABARITO: CERTO
RESUMINDO
O estudo dos verbos é de extrema importância. A aula em estudo trouxe aquilo que é essencial para um candidato a concurso público. Digo essencial, pois o estudo da morfologia do verbo como classe gramatical não termina com esta aula, é um assunto com variações imensas, com muitos aspectos diferentes.
Os verbos podem ser regulares ou irregulares, isso vai depender da variação que pode sofrer em seu radical.
Exemplo de verbos regulares:
Exemplo de verbos irregulares:
- ESTAR
Nem todas as suas formas verbais são irregulares. O pretérito imperfeito do indicativo, por exemplo, é regular (estava).
Estou, estaremos, estivemos, etc.
- DAR
Presente do indicativo: dou, dás, dá, dão
Pretérito perfeito: deste, deu, demos, dei, deram
Pela conjugação verbal, os verbos podem ser ainda defectivos (não conjugados em todos os tempos e modos), abundantes (mais de uma forma da mesma conjugação) ou anômalos (não seguem nenhuma regularidade).
Com relação ao número, os verbos variam no singular ou plural.
Com relação a pessoas, os verbos variam em:
1ª pessoa – quem fala: eu (sing.), nós (pl.)
2ª pessoa – com quem se fala: tu (sing.), vós (pl.)
3ª pessoa – de quem se fala: ele (sing.), eles (pl.)
Com relação aos modos verbais, vimos que um verbo pode estar no:
- Indicativo: modo da certeza!
- Subjuntivo: modo da hipótese!
- Imperativo: modo do pedido, da ordem, da súplica!
Com relação aos tempos verbais, temos o seguinte:
- Pretérito (passsado):
* Perfeito: ação pontual no passado.
* Imperfeito: ação contínua no passado.
* Mais-que-perfeito: ação em passado remoto.
- Presente: ação no momento/tempo da fala.
- Futuro:
* do presente: futuro simples.
* do pretérito: que sofreu alguma impossibilidade no passado.
Vejam a seguir, uma árvore verbal como exemplo:
Falamos ainda sobre o aspecto verbal, principalmente no que se refere ao uso do pretérito e à duração da ação expressa.
01. (MPU – 2015 – Técnico do MPU – CESPE) Caso se substituísse “iniciou-se” (l.14) por foi iniciada, a correção gramatical do período seria prejudicada.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Comentário: é completamente possível a substituição de “iniciou-se” por “foi iniciada”. Trata-se, no texto original, de voz passiva sintética (verbo conjugado na terceira pessoa do plural + “se” como pronome apassivador), que será passada para voz passiva analítica (verbo “ser” + particípio do verbo iniciar):
Texto original: “... iniciou-se a sistematização das ações do Ministério Público”.
Texto modificado: “a sistematização das ações do Ministério Público foi iniciada” “a sistematização das ações do Ministério” é o sujeito paciente nos dois casos. Depois dessa análise, percebemos que a troca NÃO acarretará incorreção gramatical, estando a afirmação do enunciado errada.
GABARITO: ERRADO.
02. (Polícia Federal – 2014 – Agente de Polícia Federal – CESPE) A correção gramatical do texto seria preservada caso se substituísse a locução “tinha sido” (L.13) pela forma verbal fora.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Comentário: quando o verbo auxiliar está no pretérito imperfeito (“tinha”) acompanhado do particípio de um verbo qualquer (no caso, “sido”) ocorre um tempo composto: pretérito mais-que-perfeito composto. Então, se for retirado o “tinha sido” e colocado “fora”, que é o pretérito mais-que-perfeito do verbo “ser”,
a substituição estará perfeita! Ambas são formas que indicam o pretérito maisque-perfeito, a diferença é que “tinha sido” é a forma composta e o “fora” é a forma simples. Sendo assim, o que o enunciado afirma está correto.
GABARITO: CERTO
03. (Polícia Federal – 2014 – Agente de Polícia Federal – CESPE) O sentido original do texto seria preservado caso a forma verbal “eram capturados” (L.8) fosse substituída por foram capturados.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Comentário: a troca sugerida no enunciado não é possível, pois o aspecto semântico é diferente: “eram” está no pretérito imperfeito, com ideia durativa, enquanto “foram capturados” está no pretérito perfeito, com ideia pontual.
Embora ambas as formas estejam no pretérito, a primeira é perfeita e a segundo imperfeita.
GABARITO: ERRADO
04. (TJ-SE – 2014 – Analista Judiciário – CESPE) O emprego do futuro do pretérito em “poderia” (l. 8) indica que a situação apresentada na oração é não factual, ou seja, é hipotética.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Comentário: entendendo que o verbo “poder” está no futuro do pretérito, precisamos ir ao texto para saber o contexto de uso: “o assassino poderia ser condenado...”.
A situação indicada é, de fato, hipotética, o que caracteriza o enunciado como correto.
GABARITO: CERTO
05. (MEC – 2014 – Todos os cargos – CESPE) No segundo período do texto, a forma verbal “há”, em suas duas ocorrências (l.3 e 4), tem sentido de existir e poderia ser substituída por existe, sem prejuízo da correção gramatical do texto.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Comentário: o verbo HAVER é impessoal, ficando sempre na terceira pessoa do singular por não ter sujeito com o qual concordar, conforme ocorre com o “há”, da linha 3. Já o verbo EXISTIR é pessoal e concorda normalmente com o sujeito. No caso das orações em questão, na segunda, o verbo "haver" não pode ser substituído por “existe” (no singular), pois este teria que concordar com o sujeito, flexionando-se no plural, assim: "Não existe educação fora das sociedades humanas e não existem homens isolados." ("existem" concorda com o sujeito "homens isolados").
GABARITO: ERRADO
06. (Câmara dos Deputados – Analista Legislativo – CESPE) A escassez de verbos nas duas primeiras frases do texto e o uso de forma verbal na voz passiva realçam a situação de imobilidade e fragilidade do personagem em foco.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Comentário: o texto traz um personagem passivo que, percebam, por estar numa cadeira de braços (rodas), vive uma imobilidade. Verbo, em regra, é para aquele que age. Voz passiva revela um personagem que não age, que sofre a ação que vem de outro.
GABARITO: CERTO
07. (Câmara dos Deputados – 2014 – Analista Legislativo – CESPE) A forma verbal “Lidamos” (L.9) poderia ser corretamente substituída por Lida-se.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Comentário: antes de analisarmos a substituição proposta, devemos estar atentos ao fato de que o enunciado está afirmando que a troca seria correta, mas não está sendo feita menção ao sentido original do texto.
No seguinte trecho em análise: “lidamos com tantas combinações desse tipo, que já se fala de uma nova categoria de estresse”, já temos a estrutura “se fala” que traz o “se” como índice de indeterminação do sujeito. Não haveria nenhum problema, então, se a forma “lidamos” fosse trocada por uma construção semelhante que também traga tal índice, até mesmo por uma questão de paralelismo, a troca seria interessante. Concluímos que, se já temos a estrutura sintática que usa o “se” como índice de indeterminação do sujeito, não há problema que seja usada novamente a mesma estrutura, assim: “lida-se com tantas combinações desse tipo, que já se fala de uma nova categoria de estresse”.
GABARITO: CERTO
08. (MTE – Auditor Fiscal do Trabalho – CESPE) A substituição do trecho “o que atenderia” (l.38-39) por que atendem manteria a correção gramatical e a coerência do texto.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Comentário: a forma “que atenderia” está no futuro do pretérito e concorda com o tempo do verbo “aceitariam”. A oração é pautada numa hipótese construída sobre outra hipótese (se as mulheres aceitarem salários inferiores, atender-se-ia a demanda dos setores público e privado). Ao mudar para o tempo presente (que atendem), o verbo quebra a lógica criada entre os dois verbos, a da hipótese.
GABARITO: ERRADO
Na organização do poder político no Estado moderno, à luz da tradição iluminista, o direito tem por função a preservação da liberdade humana, de maneira a coibir a desordem do estado de natureza, que, em virtude do risco da dominação dos mais fracos pelos mais fortes, exige a existência de um poder institucional. Mas a conquista da liberdade humana também reclama a distribuição do poder em ramos diversos, com a disposição de meios que assegurem o controle recíproco entre eles para o advento de um cenário de equilíbrio e harmonia nas sociedades estatais. A concentração do poder em um só órgão ou pessoa viria sempre em detrimento do exercício da liberdade. É que, como observou Montesquieu, “todo homem que tem poder tende a abusar dele; ele vai até onde encontra limites. Para que não se possa abusar do poder, é preciso que, pela disposição das coisas, o poder limite o poder”.
Até Montesquieu, não eram identificadas com clareza as esferas de abrangência dos poderes políticos: “só se concebia sua união nas mãos de um só ou, então, sua separação; ninguém se arriscava a apresentar, sob a forma de sistema coerente, as consequências de conceitos diversos”. Pensador francês do século XVIII, Montesquieu situa-se entre o racionalismo cartesiano e o empirismo de origem baconiana, não abandonando o rigor das certezas matemáticas em suas certezas morais. Porém, refugindo às especulações metafísicas que, no plano da idealidade, serviram aos filósofos do pacto social para a explicação dos fundamentos do Estado ou da sociedade civil, ele procurou ingressar no terreno dos fatos.
Fernanda Leão de Almeida. A garantia institucional do Ministério Público em
função da proteção dos direitos humanos. Tese de doutorado. São Paulo: USP, 2010, p. 18-9. Internet: <www.teses.usp.br> (com adaptações).
Julgue o item subsequente, relativo às estruturas linguísticas do texto.
09. (MPU - Analista do Ministério Público da União – CESPE) A flexão plural em “eram identificadas” decorre da concordância com o sujeito dessa forma verbal: “as esferas de abrangência dos poderes políticos”.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Comentário: o sujeito ficou posposto ao verbo por uma inversão da frase, porém o núcleo do sujeito é o substantivo “esferas”, que está no plural. A concordância com o sujeito foi mantida.
GABARITO: CERTO
A história da responsabilidade civil entrelaça-se com a história da sanção. O homem primitivo atribuía (e algumas tribos indígenas ainda o fazem) a fenômenos da natureza caráter punitivo, cominado por espíritos ou deuses. Nas relações entre os homens, à ofensa correspondia a vingança privada, brutal e ilimitada, como se esta desfizesse a ofensa praticada.
No período pré-romano da história ocidental, a sanção tinha fundamento religioso e pretensão de satisfação da divindade ofendida pela conduta do ofensor. Nesse período, surgiu a chamada Lei do Talião, do latim Lex Talionis — Lex significando lei e Talionis, tal qual ou igual. É de onde se extraiu a máxima “Olho por olho, dente por dente”, encontrada, inclusive, na Bíblia.
Embora hoje possa parecer pouco razoável a ideia de sanção baseada na retaliação ou na prática pelo ofendido de ato da mesma espécie da que o ofensor praticou contra ele, a Lex Talionis, em verdade, representou grande avanço, pois, da vingança privada, passou-se a algo que se pode chamar de justiça privada. Com a justiça privada, o tipo de pena ou sanção deixou de ser uma surpresa para seu destinatário, e não mais correspondia a todo e qualquer ato que o ofendido pretendesse; ao contrário, a punição do ofensor passou a sofrer os limites da extensão e da intensidade do dano causado.
Obviamente, isso quer dizer que, se o dano fosse físico, a retaliação também o seria; por outro lado, fosse a ofensa apenas moral, não poderia ser de outra natureza o ato do ofendido contra o originário ofensor.
Carlos B. I. Silva e Cynthia L. Costa. Evolução histórica da responsabilidade civil e efetivação dos direitos
humanos. In: Renata F. de Barros e Paula Maria T. Lara (Orgs.). Direitos humanos: um debate contemporâneo.
Raleigh, Carolina do Norte, EUA: Lulu Publishing, 2012.
10. (STJ – Analista Judiciário – Cespe) A substituição das formas verbais “deixou” (l.15), “correspondia” (l.16) e “passou” (l.18) por deixa, corresponde e passa, respectivamente, manteria a correção e a coerência do texto.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Comentário: questão muito boa e polêmica! A alteração dos verbos “deixou”, “correspondia” e “passou” (de tempos do pretérito para o tempo presente “deixa”, “corresponde” e “passa”) mantém o aspecto verbal de algo passado, mesmo os verbos estando no presente. Tal presente é chamado histórico (presente histórico) por criar uma proximidade do ocorrido no passado com o tempo presente.
Com a alteração, o trecho ficaria assim: o tipo de pena ou sanção deixa de ser uma surpresa para seu destinatário, e não mais corresponde a todo e qualquer ato que o ofendido pretendesse; ao contrário, a punição do ofensor passa a sofrer os limites da extensão e da intensidade do dano causado.
Embora esteja envolvido no período, não foi proposta a alteração do verbo “pretendesse”, mas a ideia que se quis passar com o seu emprego é a de hipótese, a qual não muda com a alteração dos outros verbos.
Na verdade, o Cespe quis testar se o candidato conhece sobre aspecto verbal, apenas isso!
GABARITO: CERTO
Agora, algumas questões 2015 do concurso da TELEBRÁS:
A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil veio acompanhada da privatização do Sistema TELEBRAS — operado pela Telecomunicações Brasileiras S.A. (TELEBRAS) —, monopólio estatal verticalmente integrado e organizado em diversas subsidiárias, que prestava serviços por meio de uma rede de telecomunicações interligada, em todo o território nacional.
A ideia básica do novo modelo era a de adequar o setor de telecomunicações ao novo contexto de globalização econômica, de evolução tecnológica setorial, de novas exigências de diversificação e modernização das redes e dos serviços, além de permitir a universalização da prestação de serviços básicos, tendo em vista a elevada demanda reprimida no país.
A privatização, ao contrário do que ocorreu em diversos países em desenvolvimento e mesmo em outros setores de infraestrutura do Brasil, foi precedida da montagem de detalhado modelo institucional, dentro do qual se destaca a criação de uma agência reguladora independente e autônoma, a Agência Nacional de Telecomunicações (ANATEL). Além disso, a reestruturação do setor de telecomunicações brasileiro foi precedida de reformas setoriais em vários outros países, o que trouxe a possibilidade de aprendizado com as experiências anteriores.
José Claudio Linhares Pires. A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil. Internet: <www.bndespar.com.br> (com adaptações).
11. (TELEBRAS – Especialista em Gestão de Telecomunicações – Cespe) Conforme as ideias veiculadas no texto A reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil, o rompimento do monopólio do Sistema TELEBRAS ocorreu com vistas à adequação desse sistema às necessidades do mercado globalizado.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Comentário: logo no início do segundo parágrafo, podemos confirmar a veracidade da questão: “A ideia básica do novo modelo era a de adequar o setor de telecomunicações ao novo contexto de globalização econômica”.
GABARITO: CERTO
12. (TELEBRAS – Especialista em Gestão de Telecomunicações – Cespe) Antes da privatização do Sistema TELEBRAS, a prestação de serviços básicos de telecomunicações era feita de forma global e universal, abrangendo todos os rincões do país.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Comentário: observem o que diz o final do segundo parágrafo: “além de permitir a universalização da prestação de serviços básicos, tendo em vista a elevada demanda reprimida no país”. Isso quer dizer que, antes da privatização, os serviços básicos de comunicação eram escassos, não abrangiam o país em sua totalidade.
GABARITO: ERRADO
13. (TELEBRAS – Especialista em Gestão de Telecomunicações – Cespe) Com a reestruturação do setor de telecomunicações brasileiro, o Estado, por meio da ANATEL, passou a exercer controle total desse setor de serviços, definindo, entre outros aspectos, o modo como as empresas prestadoras de serviços de telecomunicação devem se comportar no mercado, quanto investirão e de que modo o farão.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Comentário: a afirmação da questão está indo além do que foi informado no texto, trazendo informações inverídicas. Não há informações no texto de que a agência reguladora ANATEL passou a definir como as empresas prestadoras de serviços de telecomunicação devem se comportar no mercado, quanto investirão e de que modo o farão. Também não é possível inferir isso.
GABARITO: ERRADO
14. (TELEBRAS – Especialista em Gestão de Telecomunicações – Cespe) Relativamente à adequação do setor de telecomunicações ao novo contexto de evolução tecnológica setorial e de diversificação e modernização das redes e dos serviços, o pressuposto era o de que a administração privada, mas regulada, dos serviços de telecomunicação poderia proporcionar eficiência, qualidade, presteza e resultados positivos a esses serviços.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Comentário: observem que as informações do item resumem a ideia principal do texto de maneira eficaz, principalmente se levarmos em consideração o segundo parágrafo.
GABARITO: CERTO
15. (TELEBRAS – Especialista em Gestão de Telecomunicações – Cespe) No segundo parágrafo do texto, há relação de encadeamento entre “adequar” e “permitir”, formas que se relacionam com a expressão “A ideia básica do novo modelo”.
( ) CERTO
( ) ERRADO
Comentário: os verbos “adequar” e “permitir” estão encadeados, ou seja, interligados pelas ideias expostas no segundo parágrafo do texto, que, em outras palavras, quer dizer: a ideia básica do novo modelo era não somente adequar tais fatores, mas também permitir a universalização de prestação de serviços básicos.
GABARITO: CERTO
Questões Propostas
1) A substituição de “autônoma” (L.15) por “com autonomia” prejudicaria a correção gramatical do texto.
( ) CERTO
( ) ERRADO
2) Sem prejuízo para a correção gramatical do texto, nas estruturas “da privatização” (l.2), “da montagem” (l.14) e “de reformas setoriais” (l.17), os elementos sublinhados podem ser substituídos, respectivamente, pelas formas pela, pela e por.
( ) CERTO
( ) ERRADO
3) O trecho “monopólio estatal verticalmente integrado e organizado em diversas subsidiárias” (L. 2 e 3) funciona, sintaticamente, como expressão explicativa em relação a “Sistema TELEBRAS” (L. 2).
( ) CERTO
( ) ERRADO
4) Apesar de não recuperar todas as ideias do terceiro parágrafo do texto original, o trecho a seguir ressalta, de forma gramaticalmente correta, dois importantes aspectos do processo de reestruturação do setor de telecomunicações no Brasil: Antes da privatização do nosso setor de telecomunicações, foi montado um modelo institucional detalhado, com destaque para a criação da Agência Nacional de Telecomunicações; houve reformas desse setor em muitos outros países, o que possibilitou o aprendizado com a experiência destes.
( ) CERTO
( ) ERRADO
5) A correção gramatical e os sentidos originais do texto seriam preservados se, no primeiro parágrafo, todas as vírgulas fossem eliminadas e a forma verbal “prestava” (L.4) fosse substituída por prestavam.
( ) CERTO
( ) ERRADO
5) Assinale a opção correta no que se refere a aspectos linguísticos do texto.
A Em “Uma astuta análise, com os mais modernos métodos, é feita sem sucesso” (l.7-8), verifica-se o emprego da voz ativa.
B No trecho “Muitas vezes, eles parecem se deleitar em procurar as mais finas explicações” (l.13-15), o pronome “eles” retoma, por coesão, “Edgar Allan Poe” (l.12) e “responsáveis pela educação” (l.13).
C O termo “descaso” (l.22) retoma, no texto, as informações prestadas sobre o conto de Edgar Allan Poe.
D No último parágrafo do texto, o emprego das aspas evidencia ironia em apenas uma das expressões destacadas.
E No trecho “o escritor norte-americano conta a história de um ministro que resolve chantagear a rainha roubando a carta que lhe fora endereçada por um amante” (l.2-4), o vocábulo “que” exerce, em cada ocorrência, função sintática distinta.
6) O fragmento de texto incluído na questão constitui parte adaptada do ensaio A relação exemplar entre autor e revisor (e outros trabalhadores textuais semelhantes) e o mito de Babel: alguns comentários sobre História do Cerco de Lisboa, de José Saramago, de Rosemary Arrojo, publicado no número especial do volume 19 da Revista D.E.L.T.A, em 2003.
Estaria o autor sugerindo que, em algum nível subterrâneo, abra mão da autoridade e dos direitos geralmente associados à autoria?
Com referência ao fragmento de texto apresentado acima, assinale a opção correta.
A Os termos “autor” e “autoria” evocam, respectivamente, sentido conotativo e sentido denotativo.
B O acento indicativo da crase deveria ser suprimido caso fosse inserido o pronome possessivo sua na expressão “à autoria”: a sua autoria.
C A forma verbal “abra”, no subjuntivo, marca relação de subordinação e enfatiza a indicação de fato potencial.
D A expressão coloquial “abra mão” poderia ser substituída pela forma verbal disponha, o que imprimiria tom mais formal ao texto.
E O elemento adverbial “geralmente” restringe o sentido do núcleo nominal “direitos”, mas não o do núcleo “autoridade”.
7) A forma verbal "gostaria", presente no primeiro parágrafo do texto, possui um valor semântico associado à sua flexão e revela uma ação:
a) pontual realizada no passado.
b) habitual em um passado recente.
c) futura relacionada a um fato passado.
d) presente relacionado a um fato futuro.
e) passada que se estende até o presente.
8) Ao longo do sexto parágrafo, a autora emprega diversas vezes a forma "Há" em orações sem sujeito. Assinale a opção em que o emprego dessa forma verbal está INCORRETO.
a) Há muitas respostas possíveis.
b) A reunião ocorreu há duas semanas.
c) Daqui há dois dias nos veremos.
d) Há de ocorrer uma nova festa.
9) Em "Li esta frase outro dia e achei perfeito." (1°§), os verbos destacados expressam uma noção de tempo:
a) presente.
b) passado.
c) futuro.
d) hipotético.